domingo, 8 de janeiro de 2012

Solidão

Num recôndito interior
Sem espera, sem surpresa
Eu me deixo silenciar
Não há canto que me alente

Ninguém chega, ninguém vem
Pra ninguém é que eu digo
Que o dia é tão bonito
E hoje a noite está tão fria

Vou e volto, olho e ouço
Ando sem me mover
A melodia é tão suave
É bonito ouvir o silêncio

O vazio preenche o lugar
Há sempre um lugar vazio
Esperançoso? Quem sabe
Mas persistente, firme

De esperar me fiz espera
Andarilho eu sou errante
Silencioso, misterioso
Na solidão eu sou mais um



(Wendel Valadares)

Um comentário:

  1. é impossivel nao aguçar a minha curiosidade em ver cada vez que posta mais um poema...
    ainda que haja solidão ela só nos deve ser tirad,se alguem tiver disposto a nos ser melhor companhia do que nós mesmos...fantastico =)

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