sábado, 17 de março de 2012

Dias de Paz

Há dias, não específicos, mas costumeiros,
Em que a solidão vem me ser companhia,
Vem unir-se a mim nessas noites densas
E adentrar o meu universo particular,
De ânsias e ausências exaltadas,
De um querer, não sei de onde,
Que me fustiga os calcanhares
E me aporrinha todo o sentir.
Afloram-se as carências
E sobressaltam-se os vazios
E por hora, padeço em dores,
Não dor física, mas da alma.
Mas de repente, como num relance,
Vem você com esse olhar místico
E esse sorriso de acalmar os ânimos
E me envolve num abraço esdrúxulo
E me arranca do cerne da solidão.
Nada me falta, fico seguro,
Basta eu me ver no seu olhar
E a minha alma se alumia,
São dias de paz.

(Wendel Valadares)


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