terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Entende?


Quando tudo é silêncio, qualquer palavra sua desabotoa a minha alegria mais verdadeira – ainda contida no medo.

Quando tudo é barulho, qualquer olhar seu acalma minhas ondas mais agitadas – que insistem em bagunçar a praia.

Eu me projetei inteiro numa verdade – particular – onde o seu gesto mais simples é a chave que permite acesso ao meu horizonte – intimo. 
Eu já lhe convidei tantas vezes para ver o (meu) mar, mas às vezes acho que você tem medo do mergulho.

Por mais que doa (aqui dentro), fico esperando um ato seu, uma decisão sua. Só peço que não me condene por agir assim, porque eu quero que você me salve, mas não quero ter que pedir. 

(Wendel Valadares)


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